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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os poemas do metrô

Sabe quando um poema cai como uma luva para o que está acontecendo na  vida?
Então estava eu passando pelo metrõ quando li esses dois poemas e fiquei admirada.
Nunca fui de ser fã de poesias mas...Essas me tocaram fundo.
Essa semana foi cheia de emoções porém eu consegui chegar a uma conclusão que tava demorando a muito tempo.Uma bela libertação,um tanto trágica e agressiva mas muito eficaz.Mudou até meu conceito de amor e odio.
Sim dizem que o odio e o amor são opostos parecidos.Confesso que,depois de tudo nem sempre odiar é ruim.As vezes sentimentos que não são tão faceis de lidar como o odio e a tristeza servem apra libertar quem o sente,libertar de ideias,culpas,ilusões que facilmente aprisionam cada um.
Então ,voltando ao foco da nossa conversa caro leitor,gostaria de postas estes dois poemas.
O primeiro retrata perfeitamente o amor não correspondido,aqueles que te doiexam a mercê do outro,vivendo de migalhas e tals .Um pouco exagerada a minha interpretação porque para  quem nunca sentiu isso,é dificil imaginar.Então fica  dica de um poema para quem nunca se inteirou do não corresponder.

Amiga

Florbela Espanca


Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres

Que pelo teu amor seja a melhor,
A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa, a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascessemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei prà minha boca!...



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