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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

E o tempo passa

 Passa e percebe que os jovens ficaram velhos.
E os velhos ficam jovens.
Corpos e almas convivendo,unindo-se e separando-se para exaltar uma dualidade que intriga a muitos desde os primórdios.
Maturidade.Encarar a vida com outro olhar a cada fase em que vivemos.
Nossas lutas,vitórias,desgostos,sofrimentos,amores,alegrias,tudo compoe o quadro,a grande roda viva.
Me entristece saber que toda chama se apaga.Tal qual como nós morremos.
Somos iguais a uma chama de vela.
Ela se inicia pequena, ligada e dependente a vela,parte que sustenta sua morada e ao  ar fonte de  combustão.Conforme passa o tempo, esta chama pode aumentar ,tomar proporções adequadas,como pode enfraquecer e sumir.Algumas chamas também crescem tanto,irradiando tudo aor edor,trazendo alterações físicas como queimar um papel ou inspiratórias como a simples luminosidade.Ou sob a determinação e influencia do fogo,mudam.Derrentem a aprafina completamente,até chegar ao fim do pavio.Podem descorrer aos poucos, causando cicatrizes no corpo da vela sem perder o formato total e até mesmo chega ao fim intactas,imponentes em sua posição.Sem modificar sua forma,simplesmente unida a uma base.
A parafina pode se modificar,até mesmo ao ponto de interromper a combustão do pavio mas mesmo assim,se o pavio for longo e resistente,a chama continuará inalterada até chegar em sua finitude.A chama diminui,as estruturas vão enfraquecendo e o brilho se perde até apagar.Ar, vela e fogo se separam igual a nossa alma,corpo e vida.
Mesmo que outras chamas possam surgir,o brilho de cada uma será diferente e único,sendo gravado no tempo e nas memórias remanescentes.

Se fôssemos tão faceis assim.
O tempo passa.
Os jovens ficaram velhos.
E os velhos ficaram jovens.



Moment of brisa

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