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sábado, 7 de janeiro de 2012

Ritual de passagem para o além

Me deparei com esta situação  recentemente. Participei de uma exumação ( ato de tirar a pessoa da sepultura ) mas não tive coragem de olhar o corpo a ser exumado.Não por falta de coragem e sim por respeito a um ser que teve o seu corpo e memória exposto.Odiaria ser exposta deste jeito para uma galera que estava ao redor do túmulo,mesmo que essa galera fosse a minha família. Olhar para os restos mortais é ter consciência da sua finitude.


Após isso,alguns valores meus foram modificados.Algo naquela mórbida cena me fez refletir sobre estes rituais de passagem.Decidi que não quero ser enterrada e sim cremada.Cinzas são impessoais.Acredito que seria menos doloroso para minha família observar uma urna do que ossos.


A morte continua sendo um dos tabus mais fortes da sociedade e seu ritual chega a ser no mínimo curioso.Em certos lugares do mundo o enterro sucede de um mini banquete para familiares e amigos,algo que na minha concepção seria indelicado mediante ao sofrimento da família. A configuração do velório em ter o corpo do falecido sendo o objeto de atração da cerimônia , a de enterrar o corpo em uma sepultura  sem deixar de adicionar o profundo incômodo da perda é aceitável no momento da despedida.Só que continuo acreditando na possibilidade de uma humanização nesses momentos, tanto para os familiares,amigos e o falecido.Incrível que até este ritual passou a ser automatizado.Vou descrever a minha última experiência:


  • Velório
  • 30 min antes do horário estabelecido:orações finais
  • Aparecimento do assistente funerário e condução do corpo a sepultura
  • Enterro
Isso numa escala produtiva...(teve 2 enterros no mesmo dia).Padronização até na morte.
Sei que é ter uma funerária é um negócio no entanto fiquei incomodada com o confronto que tive com esta realidade.


Não sei se este post irá fazer diferença na sua vida .  O que eu gostaria é este tema despertasse uma reflexão sobre este assunto que um dia chegará a nossa incumbência de diversas maneiras,sendo com amigos,conhecidos  ou com você próprio.


Moment of Brisa


PS;Este artigo de filosofia é legal,mostra o conceito da morte para diversas sociedades


http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/mortediferentessociedades.htm

Amor,amar...Chega

Eu pensei que nunca mais passaria por isso,mas eis que o destino me prega outra peça.
Durante toda minha adolescência,abominei  as demonstrações afetivas repetitivas,principalmente após ter uma prima minha repetindo o nome do namorado dela a cada milissegundo.
Agora com um exemplo desse em casa,diga-se de passagem é assustador.Para que está em plena racionalidade,ver um ser entrar em latência em decorrência de outra pessoa é no mínimo estranho.
Quem está amando entra num estado de psicose que  passa a falar do amado igual ao um hindu recitando um mantra.Consequentemente os familiares e amigos sofrem com este martírio e acabam despertados para acessos de fúria e ataques de tédio.

Abrindo este assunto, encontramos diversos conceitos  sobre  o gostar , o amor e a  paixão que tentarei descrever agora:


  • Gostar
Acredito que seja a identificação de conceitos,sentimentos e valores no outro individuo.Assim sendo semelhante em certas partes,ocorre a proximidade que desperta o interresse
  • Amor
O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação.
Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não 
simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa.".Chega a ser tão complexo que foi divido em vários tipos de amor(romântico,fraterno,espiritual...)
  • Paixão
     
 é um sentimento que surge com muita força na estrutura emocional de uma pessoa, que leva-a se entregar de corpo e alma pelo objeto desencadeante de paixão.A paixão é forte, mas tende à superficialidade chegando a considerado o estado patológico do amor. O acometido de paixão perde sua individualidade e raciocínio  em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. é algo muito mais passageiro  que o amor, pois, sendo uma patologia deste, com o passar do tempo e sendo rompido o véu da idealização do outro, cai-se na realidade, tranformando-se a paixão em amor, ou nada restando do sentimento afetivo. 

Descrevendo assim, toda essa emoção maravilhosamente expressa em poemas passa a perder sua divindade e tornar-se algo mundando, comum,racional.
Não sou a melhor pessoa  pra esclarecer o que é o amor mas acredito que o limite entre a vida amorosa e a social deve ser respeitado.Já vi pessoas se perderem nas armadilhas da paixão e fugirem da realidade.É difícil dizer "segura sua onda" para um apaixonado entretanto por aridade, pensem nos outros só 1%

Campanha FOREVER ALONE!!!